La Vie D’or

Tipologia de Projeto: Residencial
Autor do projeto: Tagir Fattori Arquitetura
Responsáveis pelo Projeto: Tagir Fattori e Thaís Suzin
Equipe de Projeto: Paulo Hayet, Cristina Danieleski, Gabrielle Correa e Ricardo Schumacher
Acadêmicos: Ana Leticia Zenere, Diaine Sandi, Kelin Castoldi, Giovana Gaio e Aline Guaresi
Ano da elaboração: 2016
Localização: Caxias do Sul, RS – Brasil
Área construída: 25.000,00m²
Fotografia: Marcelo Donadussi

O terreno encontra-se em um dos pontos mais altos da cidade de Caxias do Sul/RS. O que proporciona uma bela vista para o centro da cidade. A orientação solar da testada do terreno é norte e os fundos sul, e é para o sul onde fica a panorâmica mais interessante. Com essa condicionante, temos estar para a vista e dormitórios para o norte. Ou seja, vista e iluminação para o estar, e conforto térmico do norte para os quartos.

Com o plano diretor nos empurrando para o fundo do terreno, foi possível termos uma área aberta de lazer na frente do prédio, com todo o sol possível de se obter. Ali ficam piscina, quadra, playground, e pista para corrida ou caminhada que circunda o prédio. Essa pista funciona como uma promenade, que leva o morador a acessar diversos compartimentos de lazer que se encontram no térreo e a um passeio sensorial visual muito interessante.

O ponto de partida formal foi o da não repetição, o ritmo foi alternado nos pavimentos tipo. O ambiente de estar e sacada foi trocado a cada pavimento para provocar um jogo volumétrico tenso. Resultando em visuais diferentes quando observado de ângulos variados e, também, sensação de movimento.

Os blocos ficam mais destacados com uso do revestimento metálico. A paginação do ACM dá ênfase aos blocos e sua ortogonalidade. A estrutura foi concebida de tal forma que até mesmo o revestimento fique limítrofe entre um volume e outro, criando a sensação de sobreposição de volumes. Foram usados 2 tipos de ACM, o cinza metálico e o madeirado. Os diferentes tipos de acabamento para o mesmo material conferem hierarquia a elementos distintos.

Os longos planos e extensões de linhas foram criados para limitar e orientar visuais, assim como arrematam a volumetria proporcionando equilíbrio.

A pele de vidro usada nos dormitórios de casal foi concebida a abandonar a monotonia. Foi mesclado vidro e ACM para criar um jogo contínuo criando a sensação de movimento.

A cobertura de vidro do térreo remete a uma membrana. Ela conecta as duas torres e faz com que se tenha uma visual do térreo para diversos ângulos das torres. O prédio dessa maneira se torna personagem dos ambientes internos, como uma escultura que emoldura os compartimentos que compõem o pavimento térreo.

A funcionalidade do apartamento acontece em dois momentos. O primeiro momento é na sala de estar, onde temos duas situações geradas pela disposição geométrica da sala. A primeira é a projeção do morador para o limite do prédio junto a janela com vista para a cidade. A segunda é perpendicular a janela, ali fica outra abertura com acesso ao terraço privativo. Sensações distintas em um mesmo ambiente.

No segundo momento, a sala de estar fica diretamente conectada com a cozinha, assim como está conectada a ala íntima através do hall. A zona íntima e a cozinha se conectam através de um local de apoio sem interferir com o estar ou jantar. Esse circuito concebe praticidade e independência de funções.